a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor
Jesus Cristo, (...) Filipenses 3.20
Todo cristão verdadeiro tem um desejo ardente
em seu coração. Partir e estar com Cristo. Ainda que esta pessoa adquira vários
bens e alcance todos os seus objetivos, ela esta disposta a trocar tudo isto
por uma herança incorruptível, sem mácula, imarcescível que sabe lhe estar reservada
nos céus. Vive como estrangeiro e peregrino sobre a terra, semelhante aos seus
pais na fé. Suas malas estão sempre prontas e a casa está em ordem, sem que para
isto precise receber uma mensagem do profeta. Sua alma suspira e desfalece pelos
átrios eternos. Seu passaporte está em mãos aguardando o voo que em breve irá
decolar rumo a Jerusalém celestial.
Paulo também estava tomado deste sentimento.
Isto fica claro, principalmente quando ele escreve a Carta aos Filipenses,
expressando a sua expectativa e ansiedade de estar junto ao Pai. Poderíamos até
pensar que ele desejasse isso por já ter sofrido muitas aflições por causa de
Cristo. Como se ele quisesse dizer: “Agora basta! quero ir embora”. É bem
verdade que muitas ele se sentiu cansado e sobrecarregado, assim, como muitas
vezes nós também nos sentimos. Mas o Senhor Jesus promete auxilio e descanso
aos seus, ainda nesta terra. Por isso, tenho certeza que o apóstolo
experimentou o refrigério do Altíssimo. Seus escritos mostram alguém entusiasmado
com a vida. Na verdade, nem as algemas lhe roubaram a alegria de viver. Sua
capacidade de animar os corações através do Espírito Santo era algo
impressionante.
Existem muitas pessoas desejosas de ir para o
céu, o quanto antes. Mas nem sempre as suas motivações são convincentes. Alguns, por exemplo,
não têm sabido viver de forma sábia, encontram-se totalmente insatisfeitos, e por esse motivo desejam antecipar partida para as moradas eternas. Querem apenas um escape para as encrencas que tem arrumado por aqui. Uma fuga para a evitar a colheita daquilo
que já foi plantado por eles mesmos; Outros, tem sentido o amargor das lutas e tribulações deste presente século. Fatigados pelas muitas lutas enfrentadas durante a caminhada cristã, não veem a hora de ouvir Cristo lhes dizer: "Vinde benditos do meu Pai!".
Mas, finalmente, o que dever mover os nossos corações à Pátria Celeste?
Mas, finalmente, o que dever mover os nossos corações à Pátria Celeste?
O céu não deve ser apenas uma saída de
emergência para as nossas dores e aflições. Ainda que saibamos que o choro, a
dor e as lágrimas serão extintas para sempre, o desejo de estar lá deve ser
movido principalmente pelo fato de que estaremos com Cristo eternamente e poderemos
adorá-Lo em santidade. Ter o privilégio de velo face a face, sobrepuja qualquer
outro galardão. A beleza daquele lugar esta na presença gloriosa do Senhor
Jesus. Os anjos, as pérolas, a praça de ouro da Nova
Jerusalém perderia o seu brilho sem a presença daquele que é Rei dos reis e
Senhor dos senhores. Ele é a nossa maior herança.
De fato, estar com Cristo será algo
incomparavelmente melhor, mas ainda é necessário que permaneçamos neste mundo. Se
ainda não é chegado o tempo de irmos para o céu, podemos trazer o céu para a
terra, enquanto isto. Já podemos viver o Reino de Deus de maneira antecipada,
ainda que de forma limitada. E fazer de nossos dias uma prévia daquilo que
haveremos de desfrutar na eternidade.
Para nós, o
céu começa aqui!
Ericon Fábio
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