quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Não sei se fico, ou se vou...


 a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, (...) Filipenses 3.20

Todo cristão verdadeiro tem um desejo ardente em seu coração. Partir e estar com Cristo. Ainda que esta pessoa adquira vários bens e alcance todos os seus objetivos, ela esta disposta a trocar tudo isto por uma herança incorruptível, sem mácula, imarcescível que sabe lhe estar reservada nos céus. Vive como estrangeiro e peregrino sobre a terra, semelhante aos seus pais na fé. Suas malas estão sempre prontas e a casa está em ordem, sem que para isto precise receber uma mensagem do profeta. Sua alma suspira e desfalece pelos átrios eternos. Seu passaporte está em mãos aguardando o voo que em breve irá decolar rumo a Jerusalém celestial.

Paulo também estava tomado deste sentimento. Isto fica claro, principalmente quando ele escreve a Carta aos Filipenses, expressando a sua expectativa e ansiedade de estar junto ao Pai. Poderíamos até pensar que ele desejasse isso por já ter sofrido muitas aflições por causa de Cristo. Como se ele quisesse dizer: “Agora basta! quero ir embora”. É bem verdade que muitas ele se sentiu cansado e sobrecarregado, assim, como muitas vezes nós também nos sentimos. Mas o Senhor Jesus promete auxilio e descanso aos seus, ainda nesta terra. Por isso, tenho certeza que o apóstolo experimentou o refrigério do Altíssimo. Seus escritos mostram alguém entusiasmado com a vida. Na verdade, nem as algemas lhe roubaram a alegria de viver. Sua capacidade de animar os corações através do Espírito Santo era algo impressionante.

Existem muitas pessoas desejosas de ir para o céu, o quanto antes. Mas nem sempre as suas motivações são convincentes. Alguns, por exemplo, não têm sabido viver de forma sábia, encontram-se totalmente insatisfeitos, e por esse motivo desejam antecipar partida para as moradas eternas. Querem apenas um escape para as encrencas que tem arrumado por aqui. Uma fuga para a evitar a colheita daquilo que já foi plantado por eles mesmos; Outros, tem sentido o amargor das lutas e tribulações deste presente século. Fatigados pelas muitas lutas enfrentadas durante a caminhada cristã, não veem a hora de ouvir Cristo lhes dizer: "Vinde benditos do meu Pai!".

Mas, finalmente, o que dever mover os nossos corações à Pátria Celeste?

O céu não deve ser apenas uma saída de emergência para as nossas dores e aflições. Ainda que saibamos que o choro, a dor e as lágrimas serão extintas para sempre, o desejo de estar lá deve ser movido principalmente pelo fato de que estaremos com Cristo eternamente e poderemos adorá-Lo em santidade. Ter o privilégio de velo face a face, sobrepuja qualquer outro galardão. A beleza daquele lugar esta na presença gloriosa do Senhor Jesus.   Os anjos, as pérolas, a praça de ouro da Nova Jerusalém perderia o seu brilho sem a presença daquele que é Rei dos reis e Senhor dos senhores. Ele é a nossa maior herança.

De fato, estar com Cristo será algo incomparavelmente melhor, mas ainda é necessário que permaneçamos neste mundo. Se ainda não é chegado o tempo de irmos para o céu, podemos trazer o céu para a terra, enquanto isto. Já podemos viver o Reino de Deus de maneira antecipada, ainda que de forma limitada. E fazer de nossos dias uma prévia daquilo que haveremos de desfrutar na eternidade.

Para nós, o céu começa aqui!

Ericon Fábio

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