No entanto não é somente a religião strito sensu que utiliza-se deste expediente. Até mesmos os anti-religiosos o fazem, pelo menos uma boa parte deles, os denominados neo-ateístas, filhos híbridos de Richard Dawkins e leitores de Dan Brow. No livro "Deus, um delírio", o primeiro citado, afirma que a origem dos males de nossa sociedade repousa na religião, e esta manifestação nociva deve ser combatida e extirpada.
O que muitos não percebem é que Dawkins é um fundamentalista, e seus seguidores também aderem ao seu maniqueísmo primitivo. O que somente comprova que os homens se comportam como cachorros latindo em frente do espelho, vociferando contra aquilo que eles mesmo são: religiosos. Não existe ninguém que escape do senso de divindade inerente a cada homem, conforme Calvino afirmava em sua Insitutas. A diferença é somente que alguns o aceitam e buscam a divindade, outros se rebelam e entregam de forma explícita ao combate. Ambos são idolatras quando não direcionam sua devoção ao Deus revelado nas Escrituras Sagradas, mesmo que seja uma idolatria direcionada à razão.
Diante de sábios que demostram sua loucura, só me resta faz coro a Bíblia, fonte da verdadeira religião: Diz o tolo em seu coração: "Deus não existe! " Corromperam-se e cometeram injustiças detestáveis; não há ninguém que faça o bem. (Salmos 53:1).
Rodrigo Ribeiro
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