Existe um abismo entre o movimento pós-moderno e o cristianismo, no que diz respeito a uma compreensão mais apurada do mesmo em relação ao movimento do tempo presente, o qual denominamos pós-modernismo. A igreja encontra-se de mãos atadas por não saber como ser “boca de Deus” em uma sociedade que não tem seus padrões pautados na verdade, pois a verdade é relativa no meio de um povo que odeia os absolutos. O que vale é o que “dá certo” e não aquilo que é certo. O entretenimento substituiu, em boa parte das nossas igrejas, a vocação daqueles aos quais Deus chamou. É triste perceber como a hermenêutica dos sentidos tem imperado no evangelicalismo brasileiro de forma surpreendente. Nisto percebemos a influência do pós-modernismo na atmosfera moral do povo evangélico brasileiro, onde tudo é feito sem uma real compreensão dos ritos.
A pós-modernidade tem se infiltrado de forma sutil no meio evangélico, através da filosofia, da arte, da musica, da cultura e por último, através da teologia. Não se sabe mais, à luz do campo visual, quem verdadeiramente é regenerado ou não, pois a grande marca dessa sociedade na qual estamos inseridos é a confusão daquilo que é verdade, a saber, a palavra de Deus. Chega até ser difícil, defender a fé cristã se não for baseada em uma apologética pressuposicional, e mais ainda, numa apologética relacional, onde os indivíduos são atraídos para o evangelho através de relacionamentos significativos entre crentes e não crentes. Desprezando solenemente o aviso bíblico. Isaías 5:20 Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem, mal; que fazem da escuridade luz e da luz, escuridade; põem o amargo por doce e o doce, por amargo!
Enfim, é necessário que se tenha uma compreensão do momento em que se encontra a sociedade, para então, podermos atuar de forma significativa nesse contexto chamado pós-modernidade. Ou pagaremos o preço e seremos extintos.
Pr. Heliormar Dias
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