(Lucas 15.25-32)
Quanto tem nos custado perder os
bons momentos de alegria na vida, para corrermos atrás do vento. Gosto sempre
de pensar que a vida é muito curta para que percamos tempo com aquilo que não
traz felicidade.
Lembro-me de um certo jovem, que
em seu coração tinha muitos desejos e depois de tê-los todos saciados descobriu
que não havia melhor lugar para estar, que junto ao seu pai, desfrutando do
conforto do seu lar, mas nessa mesma parábola havia um outro jovem que perdera
uma grande festa porque estava de birra atrás das portas resmungando e
reclamando da vida, das pessoas, dos lugares que não foi e dos bens que não
gastou e muito pior que isso olhando com inveja
os despojos de seu irmão, sua vergonha e sua humilhação e ainda assim
desejando estar no lugar dele e desfrutar daquele pequeno momento em que seu
pai o recebera com festa e alegria. Nós temos muita facilidade para esquecermos
os momentos felizes da vida, e muito mais facilidade para lembrar dos tristes,
faz parte da nossa humanidade que os traumas nos causem maior marca ou mácula
que os momentos bons.
Porém, Jesus, nos mostra na
parábola do filho pródigo que não era apenas o filho pródigo que precisava
aprender uma lição, mas que o filho mais velho também precisava rever alguns
valores. No discurso do filho mais velho percebemos que o que havia em suas
ações era uma prisão de amargura e não um coração disposto em amor e lealdade.
“...eis que te sirvo há tantos
anos, sem nunca transgredir o teu mandamento, e nunca me deste um cabrito para
alegrar-me com meus amigos”...
Provavelmente ele não o tenha
recebido porque não tenha pedido. Quantos entre nós somos iguaizinhos ao filho
mais velho, rixosos e enciumados com coisas que não temos, mas que
provavelmente nunca a tenhamos pedido ao nosso Pai Celestial, Deus é poderoso
para fazer infinitamente mais do que tudo o que sonhamos e imaginamos, mas
também é sábio para nos dar apenas aquilo que nos fará bem. Não sabemos quem
eram os amigos do filho mais velho, com quem ele queria festejar e quais as
intenções do seu coração nessa festa que desejava dar, mas certamente se em
algum momento lhe fora negado o seu pai o sabia, ora Deus de igual modo sabe de
todas as coisas Ele sonda e conhece o nosso coração, conhece as nossas palavras
antes que elas nos cheguem a boca, então certamente se nossas petições não tem
sido respondidas é porque estão fora do projeto de Deus para nossas vidas.
...”E ele lhe disse: filho tu
sempre estás comigo, e todas as minhas coisas são tuas.”
Porém, o filho não compreendia
que ele não tinha apenas uma parte, ou um cabrito, mas todas as coisas do seu
pai lhe pertenciam. O Senhor tem nos dado muito além do que merecemos e muito
mais do que temos pedido, entretanto temos focado apenas nas coisas que não
temos recebido, a nossa humanidade tem nos feito reféns dos interesses mundanos
em ter casas luxuosas, carros caríssimos e tem nos afastado da compreensão de
que o melhor lugar onde possamos estar é junto ao nosso Pai, desfrutando das
coisas do seu reino, e tomara que não venhamos a descobrir isso como o filho
prodigo, depois do abandono, da humilhação e da vergonha, mas que ainda assim
se alegrou por ter retornado ao lar. Deus está neste tempo disposto a
receber-nos em seus braços e preparar para nós um banquete. E que entre nós não
sejamos achados como o filho mais velho, rixoso e amargurado pois seu amor e
lealdade estavam postos nos bens que o Pai lhe daria, mas que sempre foram
seus, enganado pelo seu próprio coração ele corroía-se de inveja e dissabor.
...”era justo, alegramo-nos e
regozijarmo-nos, porque este teu irmão estava morto e reviveu; tinha-se perdido
e foi achado”.
Alegremo-nos sempre no Senhor,
pois o justo viverá pela fé!
N`Ele, que nos dá o tempo necessário,
para regressarmos de volta aos seus braços, para que não percamos a festa,
Graça e Paz.
Renata Cláudia
Facebook: https://www.facebook.com/renata.claudia.71
O texto foi inspirado no Livro de Max Lucado - Ele ainda remove pedras. 2003
O texto foi inspirado no Livro de Max Lucado - Ele ainda remove pedras. 2003
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