Uma vida santa deve exalar
alegria no Senhor, e não uma labuta enfadonha e negativa. A ideia de que a
santidade requer uma disposição melancólica é uma distorção trágica das
Escrituras, pois elas afirmam que aqueles que cultivam a santidade experimentam
alegria verdadeira. Jesus disse: “Se guardardes os meus mandamentos,
permanecereis no meu amor; assim como também eu tenho guardado os mandamentos
do meu Pai e no seu amor permaneço. Tenho-vos dito estas coisas para que o meu
gozo esteja em vós, e o vosso gozo seja completo” (Jo 15.10-11). Aqueles que
seguem, com obediência, a santidade como um caminho de vida conhecerão o gozo
que flui da comunhão com Deus. Esse gozo inclui o seguinte:
A
alegria suprema: comunhão com Deus. Não há alegria maior do
que a comunhão com Deus. “Na tua presença há plenitude de alegria”, diz Salmos
16.11. A verdadeira alegria procede de Deus enquanto andamos em comunhão com
ele. Quando quebramos a comunhão com Deus, por meio do pecado, só podemos
retornar, como Davi, com oração de arrependimento, implorando: “Restitui-me a
alegria da tua salvação” (Sl 51.12). As palavras que Jesus falou ao ladrão na
cruz, representam o maior deleite de todo filho de Deus: “Hoje estarás comigo
no paraíso” (Lc 23.43).
A
alegria incessante: segurança permanente. A verdadeira
santidade obedece a Deus e confia nele. Ela diz com segurança: “Sabemos que
todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus” (Rm 8.28), mesmo
quando não pode ver o fim. Como aqueles que trabalham fielmente numa tapeçaria
persa, entregando cegamente os fios coloridos àquele que elabora o padrão acima
deles, os santos de Deus lhe entregam até mesmo os fios negros que ele exige,
sabendo que o padrão dele é perfeito, ainda que não possa ser visto agora. Você
conhece essa profunda confiança, semelhante à de uma criança, de crer nas
palavras de Jesus: “O que eu faço não o saber agora; compreendê-lo ás depois”
(Jo 13.7). Essa alegria incessante e estabilizadora ultrapassa o entendimento.
A santidade produz um contentamento jubiloso, pois “grande fonte de lucro é a
piedade com o contentamento” (1Tim 6.6).
A
alegria antecipada: recompensa eterna e graciosa. Jesus
suportou seus sofrimentos por contemplar de antemão a alegria de sua recompensa
(Hb 12.1-2). Os crentes também podem olhar para frente e contemplar a entrada
da alegria de seu Senhor, visto que seguiram a santidade durante toda a sua
vida. Pela graça, eles podem antecipar, com exultação, a recompensa eterna de
ouvirem: “Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te
colocarei; entra no gozo do teu senhor” (Mt 25.21). Jhon Whitlock comentou:
“Este é o caminho do cristão, e este, o seu fim: o caminho é a santidade, e o
seu fim, a felicidade”.
Joel
R. Beeke, Vivendo para a Glória de Deus, Editora Fiel 2010.
Laryssa Lobo
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