quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

A Palavra de Deus: Uma Defesa Racional


Deixe-me desenvolver duas linhas de pensamento aqui, de forma a entender se a Bíblia é inequivocamente a Palavra de Deus ou não. E que Deus abençoe você que está lendo isso!

Primeiro precisamos saber se Deus possui o poder de, através de homens falhos, criar um livro exatamente como Ele deseja. Existem apenas duas respostas possíveis: sim e não. Se Deus possui esse poder, então é possível que a Bíblia seja a Palavra de Deus. Se não possui, então é impossível que ela seja 100% revelação de Deus.

Agora, qual seria o motivo pelo qual Deus não teria tal poder? Primeiro precisamos duvidar da onipotência de Deus, mas, para aqueles que não creem na Bíblia como revelação objetiva de Deus, isso não será problema. Em segundo lugar, precisamos crer que a natureza pecadora e má dos homens interferiu na Escritura, ou seja: a mão, que segurava a pena, havia cometido pecados e por isso não permitiria que a escrita fosse totalmente orientada por Deus, isto é, que o pecado produziria uma interferência.

Se crermos nisso, amados, imediatamente podemos descartar toda a possibilidade da nossa salvação. Isso porque, se Deus é incapaz de realizar tudo quanto deseja através do homem, se Deus é incapaz de fazer uma obra totalmente Sua e absolutamente perfeita, então a nossa salvação, tal qual a Sua Palavra, jamais será completa e totalmente obra divina, posto que nós mesmos a impediríamos inevitavelmente, se Deus não tem poder de purificar de forma eficaz. Bradar, como fazem os liberais, que a Bíblia não é senão que uma revelação imperfeita de Deus, é ter de admitir, igualmente, que a nossa salvação jamais poderá ser completa e assim, o Evangelho nada mais é que uma mentira.

Tendo isto claro, não podemos duvidar de que Deus tenha sido capaz de criar Sua Palavra de maneira perfeita. Mas permanece a questão: era esse Seu desejo? Foi assim que Ele fez?

Aqui, apenas uma opção se apresenta: Deus criou, de fato, Sua Palavra, absolutamente como Ele desejava, isso significando que, mesmo ela contendo a interferência humana ou não, ela é aquilo que Ele desejou que fosse. Resta-nos saber se ela possui interferência humana ou não. E creio que não é questão de duvidarmos da própria palavra, portanto, visto que Deus permitiu que ela possuísse as informações que possui. E ela diz dela mesma que é toda inspirada por Deus, que homens santos escreveram aquilo que o Santo lhes indicou, e que ela é um presente perfeito e maior que todas as riquezas do mundo. Se ela diz isso de si mesma, e se ela é, ainda que alguns considerem, em parte inspirada, então esses textos não são inspirados? Ou são medianamente? Ora, a Palavra também nos lembra que Deus não é Deus de confusão: Deus certamente não desejava que ficássemos confusos, ou que lêssemos essas passagens e duvidássemos se são palavras de Deus ou de homens.

Deixe, portanto, as opiniões de homens de lado. Se fôssemos acatar com as opiniões dos liberais, cada um tem a sua própria: um diz que não devemos aceitar os milagres de Jesus, porque foram escritos apenas para engrandecer sua história, mas não foram reais; outros nos dirão para abandonar os Seus discursos duros, que são apenas pregações moralizantes que os discípulos colocaram na boca do Cristo. Outros ainda irão dizer que os evangelistas erraram ao atribuir ao Senhor encarnado certas profecias antigas, e assim não teremos NADA do Evangelho, se aceitarmos as opiniões dos homens.

Daniel Campos

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