Ontem teve início mais uma edição do Encontro para a Consciência Cristã. O tema deste ano é “Santidade, sem a qual ninguém verá o Senhor”. E isto me pôs a refletir. Qual a ideia que a igreja de hoje tem sobre santidade? O que significa ser santo.
Uma das ideias associadas à santidade é a de reclusão. Historicamente, vemos pessoas, isoladamente, ou em grupo, se afastar de tudo e de todos, para purificar-se, livrar-se das más companhias e tornar-se mais santo. A história também tem mostrado que esta atitude é tão improdutiva, quanto não buscar santidade, pois o texto sagrado afirma que devemos, assim como a paz, seguir (Hb 12.14) a santidade com todos. Ou seja, a santidade é individual, mas é para ser desenvolvida com todos e para todos, no exercício da servidão a Deus e ao próximo.
Uma segunda associação feita é a de que, para ser santo, você precisa ser intelectualmente capacitados, ler mil livros e ser uma pessoa informada, eloquente e estudiosa. Estas coisas são importantes, mas por si só, não geram santidades, nem são suficientes para determinarmos o fato de uma pessoa ser santa ou não. Infelizmente, no meio evangélico, o intelectualismo tem se tornado um ídolo, ao ponto de as pessoas chegarem ao inevitável ponto de se acharem melhor que outras. Ser santo significa se enxergar miserável pecador e carente das misericórdias de Deus a cada segundo, sem as quais seríamos consumidos e que precisamos uns dos outros. Santidade gera humildade, não soberba. Santidade gera ortodoxia (ensino correto) com ortopraxia (prática correta) e leva a vivermos a máxima de que a Bíblia é nossa única e infalível regra de fé e prática.
Gostaria de tratar ainda de mais uma vertente. Muitos acham que ser santo significa ser extravagante em exercícios espirituais. Gritar quando prega, pular feito acrobata enquanto canta, falar que teve mil e uma experiências com Deus e que teve revelações, visões, sonhos e outras coisas mais. E isto tem se tornado muito frequente e tem sido parâmetro para “medir” a espiritualidade de alguém. Nada mais enganoso. Um dos frutos do espírito é domínio próprio, o culto a Deus é algo sério e reverente, não uma feira. E além de feira no sentido sonoro, é uma feira de vaidades, pois cada um que queira ser mais espiritual que o outro. Enquanto isso, Jesus nos ensina a recolher-nos e orar ao nosso Pai em secreto. Paulo afirma que o culto deve ser prestado com ordem e decência.
Enfim, qual o parâmetro de santidade? Em que base devemos nos sustentar para buscarmos a santidade de maneira correta, a fim de que vejamos o Senhor. O parâmetro, o norte, o eixo para isto é pura e simplesmente o próprio Deus, que invoca o seu povo em Lv 20.7: “Portanto, santificai-vos e sede santos, pois eu sou o SENHOR, vosso Deus.”
Deus nos guarde e nos conduza em santidade.
Presbítero Cícero Pereira
@ciceroeiris
Amém irmão. Sou presbiteriano mas creio que não devemos julgar as outras denominações. Devemos respeitar todas e lembrar que há excessos do nosso lado também. Há crentes que cometem erros pioresndo que esses mencionados e que não tem nada a ver com santidade cuja a palavra significa "separado". Somos separados mentalmente do mundo, dos costumes, práticas, ideais e pensamentos. Então, rodopiar, falar em linguas, se achar espiritual demais não condiz com santidade. Ser santo é ser limpo e permitir que Deus haja em nossas vidas. Assim como precisamos lavar nossas roupas antes de usa-las, Deus, no processo da vida, nos lava das nossas práticas e pensamentos pecaminosos para nós usar para mudar as pessoas e não julga-las. Quem somos nós pra dizer o que o Espírito Santo deve fazer ou como ele deve agir no meio da igreja???. A palavra mata e vivemos pelo Espírito. Como falei há exageros mas não podemos julgar. Porque os dicipulos foram chamados de bêbados quando o Espírito Santo desceu, e será que se parece eles estavam bêbados ?? Então acho que devemos parar de ser juiz e acharmos nosso lugar de servos fazendo aquilo que Deus nos colocou a fazer aqui nesta terra. Paz!
ResponderExcluirAmém irmão. Sou presbiteriano mas creio que não devemos julgar as outras denominações. Devemos respeitar todas e lembrar que há excessos do nosso lado também. Há crentes que cometem erros pioresndo que esses mencionados e que não tem nada a ver com santidade cuja a palavra significa "separado". Somos separados mentalmente do mundo, dos costumes, práticas, ideais e pensamentos. Então, rodopiar, falar em linguas, se achar espiritual demais não condiz com santidade. Ser santo é ser limpo e permitir que Deus haja em nossas vidas. Assim como precisamos lavar nossas roupas antes de usa-las, Deus, no processo da vida, nos lava das nossas práticas e pensamentos pecaminosos para nós usar para mudar as pessoas e não julga-las. Quem somos nós pra dizer o que o Espírito Santo deve fazer ou como ele deve agir no meio da igreja???. A palavra mata e vivemos pelo Espírito. Como falei há exageros mas não podemos julgar. Porque os dicipulos foram chamados de bêbados quando o Espírito Santo desceu, e será que se parece eles estavam bêbados ?? Então acho que devemos parar de ser juiz e acharmos nosso lugar de servos fazendo aquilo que Deus nos colocou a fazer aqui nesta terra. Paz!
ResponderExcluir