quarta-feira, 11 de abril de 2012

Economia Bíblica: Reflexões sobre a Mordomia Cristã.


A economia pode ser observada através de uma ótica e perspectiva bíblica, se observamos alguns fatores e levarmos em consideração alguns aspectos. Aspectos esses apresentados nesse artigo que explica de uma forma sucinta como a economia deve ser julgada mediante a palavra de Deus, especificamente no que diz respeito à administração correta de nossos bens, a mordomia cristã.

A economia é uma ciência que lida com relações, permuta de mercadorias, pesos e medidas justas, negócios justos, contratos, investimentos, planejamento futuro e caridade. E para estudar todos esses fatores, é necessário um Padrão; esse padrão só pode ser definido em dois tipos: um padrão que é regulamentado pela palavra do homem, e um padrão que é regulamentado pela palavra de Deus. Qualquer outro suposto padrão deve ser desconsiderado e descartado. Não existe terceira opção onde um padrão neutro, que não tem Deus ou o homem como cabeça, está dizendo que é uma economia irracional, e que Deus não se importa com as relações sociais de seu povo.

Para o cristão contemporâneo, a economia é uma área de dúvidas e indagações pressupostas sobre como agir economicamente diante de Deus.

Para o cristão verdadeiro, sobre a economia, a palavra de Deus diz contextualizando o seguinte: que a riqueza material existente no mundo, deve ser usada de maneira consciente, mas não pode ser usada a ponto que influa na sua busca espiritual. Um versículo que nos mostra claramente isso se encontra em 1 Coríntios 10:31 “Portanto, quer comais, quer bebais ou façais coisa outra qualquer, fazei tudo para a glória de Deus.” Isso significa que prestar culto a qualquer outra coisa, qualquer coisa que tire a atenção que deveria ser direcionada a Deus, é considerada “anátema”, idolatria, e deve ser desconsiderada¹ e banida do meio do povo de Deus, e isso inclui o valor que colocamos no dinheiro e nas coisas materiais. Podemos complementar também com um texto que se encontra em Gênesis 1:31a “Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom.” As coisas materiais não são más em si mesmas, mas sim nós as tornamos más quando atribuímos certos valores a cada produto, bem ou capital. O apostolo Paulo afirma uma reflexão sobre coisas materiais, que podemos aplicar sobre economia também: “Pois tudo que Deus criou é bom, e, recebido com ações de graças, nada é recusável, porque pela palavra de Deus e pela oração, é santificado.” (1 Timóteo 4:4 e 5)

Podemos citar pecados que os homens cometem através do dinheiro, como a omissão do Dízimo, a Soberba Material, ou a idolatria numa crença da teologia da “Prosperidade”² que está ganhando força atualmente, mas o apostolo Paulo afirma também em sua carta a Igreja de Colossos: “Se morreste com Cristo para os rudimentos do mundo, porque, como se vivêsseis no mundo vos sujeitais a ordenanças: Não manuseies isto, não proves aquilo, não toques aquilo outro, segundo os preceitos e doutrinas dos homens? Pois que todas estas coisas, com o uso se destroem. Tais coisas, com efeito, têm aparência de sabedoria, como culto de si mesmo, e de falsa humildade, e rigor ascético; todavia, não tem valor algum contra a sensualidade.” (Colossenses 2: 20-23). Vemos mais uma vez de forma clara a palavra de Deus nos advertindo de como agir com as coisas materiais.

“Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores.” (1 Timóteo 6:10)

Desejo que a cada dia os irmãos possam usar a poderosa arma que temos em mãos (As Santas Escrituras), onde temos orientações de como devemos nos encontrar diante de Deus e nos alertar como realmente agir durante nossa estada aqui na terra. Toda doutrina que não tenha por base os princípios da Palavra de Deus deve ser desmerecida.

"Qualquer ensinamento que não se enquadre nas Escrituras deve ser rejeitado, mesmo que  faça chover milagres todos os dias." (Martinho Lutero)

NOTAS:

¹ Só Deus é Senhor da consciência, e a deixou livre das doutrinas e dos mandamentos humanos que, em qualquer coisa, sejam contrários à sua Palavra ou que, em matéria de fé ou de culto, estejam fora dela. Assim, crer nessas doutrinas ou obedecer a esses mandamentos, por motivo de consciência, requerer para eles fé implícita e obediência cega e absoluta, é destruir a liberdade de consciência e a própria razão. (Confissão de Fé de Westminster XX; II).

² A luz da natureza mostra que há um Deus que tem domínio e soberania sobre tudo, que é bom e faz bem a todos, e que, portanto, deve ser temido, amado, louvado, invocado, crido e servido de todo o coração, de toda a alma e de toda a força; mas o modo aceitável de adorar o verdadeiro Deus é instituído por ele mesmo e é tão limitado por sua vontade revelada, que ele não deve ser adorado segundo as imaginações e invenções dos homens, ou sugestões de Satanás, nem sob qualquer representação visível ou de qualquer outro modo não prescrito nas Santas Escrituras. (Confissão de Fé de Westminster XXI.I).


Wanderson dos Santos Oliveira

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