Falamos muita coisa na igreja (e também
fora dela) sem pensar no que estamos falando. Por exemplo, dizemos no credo:
“Eu creio no perdão dos pecados”. Fiquei repetindo isso por muitos anos antes
de me perguntar por que isso estava no credo. À primeira vista, parece difícil
valer a pena explicar. “Quando alguém é cristão”, pensei comigo, “é claro que
acredita no perdão dos pecados. É uma evidência gritante.” Porém, parece que
quem escreveu e compilou os credos achou que essa era uma parte da nossa crença
que precisávamos lembrar toda vez que fôssemos á igreja. Depois que me dei
conta disso, se me perguntassem hoje, eu diria que eles estavam certos.
Acreditar no perdão dos pecados não é tão simples quanto eu pensava. A crença
real nesse tipo de coisa facilmente nos escapa se não tivermos a disciplina de
continuar alimentando-a.
Acreditamos que Deus perdoa os nossos
pecados, mas também que ele não o fará a menos que nós perdoemos os pecados que
as outras pessoas cometem contra nós. Não há dúvida sobre a segunda parte dessa
declaração. Está escrito no Pai-Nosso e foi fortemente enfatizado pelo nosso
Senhor. Se você não perdoar, não será perdoado. Não há parte mais clara no
ensinamento de Jesus, e ela não dá margem a exceções. Deus não diz que devemos
perdoar os pecados dos outros se eles não forem tão assustadores ou desde que
existam circunstâncias atenuantes ou algo desse tipo. Devemos perdoá-los todos,
não importa o quanto eles sejam malignos, miseráveis e frequentes. Se não o
fizermos, também não seremos perdoados de nenhum dos nossos.
Extraído de O Peso de Glória, escrito por C.S.
Lewis.
LÍDIA SANTOS
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